sexta-feira, 29 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

MINHA TRISTEZA TRAGO NO VERSO






Estou triste e é na madrugada que sinto dor.


Não é uma tristeza que se possa recompor...!


Não é uma saudade que doa apressada,


Sem fazer o barulho e quase nada!






Minha tristeza trago nos versos...


Que alma à dentro, a ninguém eu revelo,


Dos amores que me foram em vão...


Da falta que até hoje tenho e peço.






Na frieza da noite um mistério eu escondo:


Minha amada se faz calada e de meu amor nem sabe onde.


Por isso, venho a ti rosa aberta da estrada.






Para rogar-te um afago, um olhar, um trago, sua voz acalentada!


Porque de perto posso sentir  o conforto do seu perfume...


E nesta noite, não mais a lua ouvirá a madrugada ressoar os meus queixumes!



De Magela e Carmem Teresa Elias

LA BELLE ÉPOQUE





La Belle Époque!!!



Você sabia que tenho as roupas até hoje...

Daquela festa e aquele baile de estilo requintado

Un petit pas en La Vie en Rose?



Tenho as plumas e rendas importadas de Paris...

Chapéus coloridos e os trages de valsas...

Vestíamos a sensação e... voávamos

No mezzanino....no grande salão.




Eu pensava que aquele tempo não passaria jamais.

Não acabaria a leveza dos sortilégios à porta da Colombo...

A imensa clarabóia no teto...




Ainda sinto a sensação de romance.

Ainda sinto o cheiro daqueles doces portugueses!

Ainda vejo a fumaça saindo das xícaras de chás

E a delicia de ver você chegar.




 CARMEM TERESA E DE MAGELA

PARTO DA PALAVRA



Parto da palavra!
Qualquer palavra que faça a junção
Sem técnica especifica.
Que possa unir novidade e você.


Um surto tão natural que me dar dor e vontade...!
Que acontecendo só se explica assim:
Sofro do mal da sua saudade!
Da dor generalizada de não poder lhe ter.




Parto da palavra, porque ela me leva ao extremo.
E ela que mostra ao mundo esta parte fragmentada de mim.
Chegando a histeria e partindo do nada...
Quando perco o contato comigo e lembro-me da lua amada.


Me desculpe ter tantas partes!
Por não ter identidade e a mente aliviada.
Juntar nos dois é juntar o amor
Partir de palavras em plena madrugada.




De Magela e Carmem Teresa Elias.

domingo, 3 de julho de 2011

APRISIONADA


Se fico romântico,



Chego a realidade cheio de "eus".


Trazendo-os aprisionado,


Entre os tolos sentimentos meus!






Todos querendo falar ao mesmo tempo:


Da sofreguidão; da alegria...


Do chorar e da indiferença...


Que verbaliza esta pena vazia.






Sei que não é apenas a dor que sinto que me faz assim!


Pois é a mesma dor que tu reservas para ti:


No amplo sentido, que há na palavra existir.






Quando palavras verdejando sensação...


Transpassam o que há em nós...!


Aí é que eu vivo preso


Sem soltar a minha voz.





De Magela e Carmem Teresa Elias

BRIGA DE TRAVESSEIRO, PAINEIRA E A SAUDADE


...Já viu a paineira florida lá no fundo do quintal?



Nós não temos mais o tempo que tínhamos,


Mas olhando-a toda florida...


Posso dizer que não existe igual.






Lembra das nossas travessuras...?


Quando brincávamos de esconderijo em seus galhos...


Lembra quando escrevi o seu nome...?!


Na altura de seu ombro?






Lembra quando apanhamos muito


Por brincar de guerra de travesseiro


Espalhando as painas pelo chão...?!






Naquela época, a primavera tinha cor de flores


E a saudade ainda era toda rosa...


Nossos passos eram leves


Entre a maciez dos frutos que pegávamos






E a vó gritava lá fora:


Corre , corre, colhe tudo antes do vento !!


Que Saudade!

Como era bom o teu sorriso colorindo o tempo!


( CARMEM TERESA  ELIAS E DE MAGELA)