quinta-feira, 30 de junho de 2011

A MENINA E A ROSA




Quando escrevo


Sei que não sou pertinente quando escrevo...
Que guardo palavras em pequenos segredos,
Temendo que a felicidade possa ir depressa embora.
E o que escrevo não depende de beleza, por ser aquele instante mágico,
Em que a perfeição fala à clareza dos versos de outrora.


Sei.
Sei descrever sem qualquer léxico!
Sei de fato que, posso ser eu mesmo, se você fizer parte do conceito.
Sei que o amor não tem compromisso certo e vive sem nexo!
E que ninguém o entende direito...




Sei que quando acordo, sinto seu cheiro antecipando a manhã...!
Como um café quente exalando palavras a procura de encanto...!
Ensaiando o beijo com sabor dos lábios seus e,
Misturando coisas tolas, só para dizer o quanto te amo.






Sei que é assim que a minha vida faz sentido!!!
Completando em pensamento cada detalhe que antes havia esquecido...
Sei que não sou pertinente ao descobrir nos seus olhos e na luz que vem surgindo:
A beleza, o gosto e o gozo das flores que vão se abrindo...






                   De Carmem Teresa Elias e De Magela



(Imagem obtida no Google com o tema: a menina e a rosa)

terça-feira, 28 de junho de 2011

CINQUENTA

Cinquenta








O que mais te assusta...

A velhice ou cinqüenta motivos para viver?

Perguntou a menina com uma Barbie na mão...

Não soube o que responder.



Quem de nós os tem assumido?

O medo de não ter mais aqueles gracejos...

Beijar na rua... Sair a esmo mais cedo...?

Sinto-me jovem, mas algo parece errado.







Quantos anos desejo ter?

Treze? Vinte e cinco? Trinta e cinco?

Para que eu mesmo saiba...

O que devo responder?





O Tempo não me pega!

Faço dele minha melhor brincadeira

E essa mania de querer viver

Fazer um conto e relatar besteira.





Com que idade se deseja o amor?!

Quando o temos em nós o apogeu?

Quando ficamos chatos, escondendo a crise?!

Não é assim o amor ao lado seu? ...





Que idade temos quando nos encontramos e estamos juntos?

Que medida de tempo define a precisão do sentimento?

Não sei. Sei que tenho cinqüenta motivos para amar

E viver sem desculpas.





                         De Magela e Carmem Teresa Elias

DETURPAÇÃO

Deturpação








A certeza das coisas boas convive com a natureza e os animais...

É o que permite aprender a compreender o mundo.

E mais a essência divina do ser...

Quando tudo anda aos anseios por ai.





Entendo as razões do mar.

Entendo as razões da lua...

Das matas, dos desertos e das estrelas...

Mas, não entendo a sua  formosura ...





Essa matéria sorrida que dá curva ao relevo da terra,

Palavras africanas que soam bem, mas não dizem o que há na guerra.

Guerra ou benção divina sobre a relva?

Por que falar do meu amor da a sensação de respingos com o frescor da simplicidade...?





Não há explicação no universo para o marulho dos teus olhos encontrando os meus...

O que dizem ao silêncio em uma forma tão soberana!

É de tão perto que percebo que o brilho das estrelas é uma deturpação...

Quando intensamente se ama.





                                De Magela e Carmem Teresa Elias

sexta-feira, 17 de junho de 2011

TRINTA PALAVRAS

TRINTA PALAVRAS








Calo-me ante a quietude dos exageros meus!
Intrinsecamente o cotidiano traz uma variante em contemplação...
E com extravagância, talvez,
Ou simples articulação...


Que ainda vale a pena lhe dizer:
Sol, mar,  e o nexo...
Amarelo, vislumbrante, textura...
Desespero, quietude, e de repente, você!


Não sei a exatidão em que falta o desapego,
Se nossas vidas são tão iguais.
Será que a tendência é que juntos, viraremos mar.
O mar eu amo ..você tenho medo;


De qualquer modo vale a pena dizer:
Entendo sei jeito franco, o sortilégio, a exatidão, o regresso:
Paraíso, tendência, o essencial, sonhos,ainda peço:
 Mar, sol, acaso e Você.


Cadencia: há palavras que não posso lhe dizer:
Imperceptível, desconforto, moldura, permanência,
Vidas iguais, arrancar da sensação, vivacidade na contemplação.
Parece exagero!Tudo que tenho a dizer resume-se em o sol, o mar e você...


               De Magela e Carmem Teresa Elias

MORRE E SOFRE O DESENCANTO



Não, definitivamente não há explicação plausível!

Só a vontade de ficar só...

Pés e olhos cerrados no chão,

Buscando uma palavra que não está no coração.



Verdade é; quero te olhar, ler e decodificar...

Até perder a coerência dos fatos,

Até perder o juízo e

Não aceitar mais ser o seu oposto, inusitado...



Na tua saudade perco o fio da meada!

As palavras rolam pelos cantos

Busco aleatoriamente o teu corpo

Mas, a poesia na primeira estrofe, morre e sofre o desencanto.



És a melhor idéia para escrever!

A palavra mais forte que poderia expressar!

O luar mais intenso que eu vá encontrar.



Mas a inspiração é velocidade que não se alcança

Dom que não me deixa à vontade...

Lenitivo que nunca se importa

Com apego, melancolia lirismo e a saudade.


                  De Carmem Teresa Elias e De Magela

DESCASO

Descaso – a formosura de um verso






Escrevemos por impulso quando o coração está desenfreado;

Por aflição, se o poema surge do nada...

Na condução, no restaurante,

Em pé, e no silêncio da madrugada.



Escrevemos qualquer momento lírico.

Na dificuldade, no contentamento, muitas vezes sem palavras

A demonstrar a paúna da alma inchada...

E o seu sofrimento.



Chega à aflição rápido demais e não dá tempo de apontar.

Assim vem logo uma inquietação...!

Inflável feito balão

E a mente não quer gravar.



Agora, quando sai o grito, escrevemos mais reformados...

Em Copacabana ou no Leblon, associando às escondidas,

Pensamentos desfigurados,

E levamos o caderninho de lado.



Não tem contexto a formosura de um verso!

Se quem o escreve, inscreve o instante!

O que nos faz gostar mais...

É assim que nos reencontramos, e sentimos o bastante.



Escrever nos vem da dor e do viver...

Catarse e redenção.

No alívio da sua paz...

E não são os poetas o que mais desprezamos...?





O que odiamos é o descaso.

Pois sabendo que o amor e dor caminham juntos.

Para decodificarem o que está escrito, não basta sentir

É preciso sonhar sem refletir.





De Magela e Carmem Teresa Elias.





(Ele dizia que escrever vem da dor, eu dizendo que vinha do impulso. Brigamos. Ponderamos... juntamos tudo).

quinta-feira, 2 de junho de 2011

DOCE ENTREGA

DOCE ENTREGA


A entrega mais doce

É o espargir do perfume das flores



Sedução impalpável

Como Almas a libertar-se do corpo

A expandir beleza na forma de amores

Perfumes de flores

São sonhos, da vida são sabores



As flores se doam

Além de si...



Êxtase

De aroma

A cada novo botão...



 
 
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