segunda-feira, 28 de março de 2011

DESEJOS (DE SEUS BEIJOS)

Queria te beijar agora...
Não com um beijo comum,
Que se dá a qualquer hora,
Descabido de emoção.


Que fosse como o beijar suave que se dá às flores: sem a intenção!
Na mesma suavidade de manhãs circulando penhascos:
Inesperadamente, como pássaros alçando voo;
Naturalmente, porque é assim que me doo.


Em seus lábios o amor  proclama desejos...
É como um dia amanhecendo, inconsequente:
Luz de corpos escondidos em versos;
Flor se abrindo à espera deste beijo.


É sublime a tarde quando o sentimento vive leve na brisa...
No peito, o desejo; brasa que sempre arde e não se sacia na investida.
Mas, cujo toque no coração deixa lembrança...
E o saciar nunca concretiza.

Deixa na pele das manhãs
A certeza
Dos vales em euforia!

               Carmem Teresa Elias e De Magela

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