quarta-feira, 23 de abril de 2014

DOCE DO AMOR

Doce do amor



As embalagens dos chocolates ainda estavam pelo chão...
Quando ela apareceu, vestida em camisola branca, tendo na
Boca um lindo sorriso e no olhar, esperança.
Desnecessárias são as palavras quando a vida quer assim.

Do chocolate vem o deliciamento
E o vislumbre da chegada do meu amor...
O perfume a envolver apertado
Na delicia daquele abraço.

Eu era o papel laminado dourado e prata a envolvê-la.
Ela, o motivo do enlace; na forma certa dos bombons,
Ali acondicionados; chocolate que crianças devoram!
(Ela tem esse doce...?)

O doce do amor, assim fica?
Ou, seriam apenas saudade e esperança
Labutando na distante campinas,
E presas face a face?!

Seria a Lua cheia do frio?
Pequena e exprimida...?
Na espera longa, de que...
O Sol a abraçasse?!

Seria a espera da aurora
Que entorpece o céu...
Este que indefinido, apressa-se
Em esconder estrelas?

Amada minha! Ilumina teu rosto a luz clara destas horas e pelo
Brilho dos papeis, ainda ali jogados
Na intensidade dos doces dos amores e das balas
E de beijos roubados!

Deles tenho o gosto que tenho do amor
Do instante consumido que na ilusão de
Ver teu rosto no firmamento faz o canto adocicado
De sentimento que no canto deste peito ainda dorme.


De Magela/Carmem Teresa Elias

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